Questionar a sua sexualidade e seu pertencimento faz parte fundamental das pessoas intersexo. Entenda mais.

 

Intersexo

Primeiro é preciso ressaltar, que nem toda pessoa intersexo, faz parte do grupo LGBTQIAP+, apesar delas serem bem-aceitas na comunidade.

A individualidade da pessoa é maior do que uma categoria onde uma pessoa intersexual pode ser ou não também trans. Pessoas de todas as cores e raças e podem se considerar intersexual.

Existem mais de 35 variações da intersexualidade fazendo do termo ser uma abertura para uma série de outros.

 

O que é?

Alguém que se identifique como intersexo pode ter uma genitália que não é tradicionalmente ligada ao feminino ou masculino. Elas tem experiências distintas, algumas podem nascer com diferenças genitais desde o nascimento ou reconhecer isso apenas na fase da adolescência ou até na fase adulta.

Então, em outras palavras são pessoas que não se identificam seus corpos na construção binária feminino e masculino. Mas, existem muitas formas de ser intersexo.

Ela nasce com órgãos reprodutivos sexuais, que não se encaixam na anatomia, que todo mundo conhece. Muitas vezes, elas recebem cirurgias para modificar seus corpos e se enquadrarem no que é considerado normal.

A pessoa intersexo não é uma identidade de gênero, nem um problema médico, embora tratamentos com cirurgia e hormônios sejam intervenções consideradas normais na medicina atual.

Além disso, isso é algo mais comum do que se imagina, acredita-se que 1 a cada 2 pessoas em 100 sejam intersexo nos Estados Unidos, por exemplo.

Também não existem regras feitas, já que uma pessoa intersexo pode ter nascido com genitália e órgãos internos, que se encaixem no que é considerado feminino e masculino. Assim como pode ter uma pessoa que tenha ovários e testículos de forma interna ao mesmo tempo.

Outras pessoas podem ter combinação de cromossomos, que são diferentes do XY (masculino) e XX (feminino), mas XXY.

Também pode ter gente que nasça com órgãos externos (pênis e vagina), mas por dentro seus órgãos internos e hormônios não sejam compatíveis.

Então, é muito comum que alguém se descubra intersexo quando entra na puberdade. Algumas vivem toda a sua vida sem descobrirem isso.

Quando médicos descobrem estas diferenças entre biológico, fisiológico e genético, geralmente o bebê recebe uma cirurgia nos órgãos sexuais para que os pais possam criar a criança, de acordo com um gênero esperado binário (feminino ou masculino). Assim como pode receber tratamento hormonal na puberdade para a adequação ser interna também.

Isso criou uma discussão ética nos Estados Unidos, levantando o debate e questionando se estas intervenções em um bebê seriam aceitáveis ou não, pois são tratadas como disfunções médicas.

Levantando a hipótese de que, as pessoas intersexo poderiam desfrutar de seus corpos e sua sexualidade, sem intervenções ou que elas possam decidir se passarão por tratamentos hormonais ou cirurgia já na vida adulta, quando há maior entendimento sobre si e o corpo com maturidade e mais certeza. Para evitar que haja problemas identitários e de como a pessoa se identifica no mundo.