Não conseguir chegar ao orgasmo é mais comum do que parece e podem existir diversos motivos. No entanto, isso deve ser investigado por um profissional médico ou terapeuta, mas tem alguns indícios que podem ser analisados informalmente, sem ser um diagnóstico, por caráter informativo. Confira.

A ciência ignorou por muito tempo o orgasmo feminino

O ápice do prazer da mulher já foi ignorado, tratado como tabu ou até foi considerado inexistente. Inclusive, na era vitoriana, era tratado como histeria e lidado por médicos como um distúrbio neurótico.

Por isso, o entendimento popular costuma ser precário quanto ao assunto interferindo na visão das pessoas e em suas experiências até os dias atuais. Além disso, faz poucos anos desde que a ciência descobriu que o clitóris é muito maior do que se imaginava, por exemplo.

Com o prazer feminino e a anatomia poucos explorados, é comum que a falta de conhecimento cause dificuldades. Não é regra, mas existe muita gente que acaba sem informações e acabará acreditando em mitos, tendo preconceito e não sabendo o que fazer para atingir o orgasmo.

Existe baixa autoestima

É difícil relaxar e curtir os momentos de prazer quando existe encanações em relação ao corpo ou paranoias em relação a performance. Afinal, existe uma pressão e algumas se sentem desconfortáveis para estar em padrões que não são reais.

Além disso, pode haver medo da pessoa ser julgada pelo comportamento sexual inadequado, no velho pensamento de que mulher para casar não pode saber fazer sexo, se sabe é porque transou com muitos/as pessoas. Esse tipo de ideia acaba inibindo ações mais ousadas e até a exploração do corpo para ter prazer.

Baixa autoestima acaba sendo um assunto complexo e o sentimento de confiança e bem-estar em relações íntimas acabam sendo fundamentais para ter orgasmos. Além disso, precisa existir abertura para falar o que gosta ou não de fazer para conseguir passar por todas as fases do prazer.

Ter apenas pornografia como referência

Na era da internet, a pornografia acabou ensinando muita gente a fazer sexo. Isso influencia e as percepções sobre relações íntimas que acabam moldadas.

Apesar de haver exceções, a pornografia não representa o sexo real, com ideais de corpos e performance que são difíceis de serem alcançados. O script sempre é quase o mesmo com foco apenas no orgasmo do sexo masculino e o feminino costuma ser ignorado completamente.

Por isso, é importante desfazer a ideia do que uma relação íntima saudável se parece e focar no bem-estar e seguir os instintos mesmo que não seja sexy ou visualmente parecido com o que viu em filmes.

O orgasmo masculino deve ser deixado de ser um objetivo final e não ficar com vergonha de prolongar o ato se não chegou lá.

Focar apenas na penetração

Praticamente todas as representações de sexo focam na penetração. No entanto, existem outros atos que também são considerados sexo, a exemplo do oral, masturbação e massagens em zonas erógenas. Por isso, é preciso deixar de pensar na penetração como um objetivo final e dedicar a atos variados e diversificados. O uso de vibradores pode ajudar a descobrir essas zonas erógeneas.